Primeiramente precisamos separar essas duas situações. Sem entrar em contextos técnicos, vamos tratar de uma forma mais popular o assunto.
Oxidação é o primeiro estágio de degradação de um material. Podemos usar como exemplo a oxidação de uma peça em latão, o primeiro estágio é ela ficar escura.
Essa situação em uma peça sem acabamento de superfície (leia o artigo sobre Acabamentos de Superfície), ou seja, material in natura, se resolve facilmente com um novo polimento.
Já a Corrosão é um estágio mais avançado. Aqui a peça já entrou em degradação e já houve perda de material devido a essa degradação. Há necessidade de formas mais agressivas para a recuperação, como o lixamento. Isso alterará as dimensões da peça, pois haverá o desgaste da mesma.
Quando falamos em peças com acabamento de superfície, a situação é mais complexa.
É muito comum que nos solicitem a recuperação de peças corroídas, principalmente pontes, trabalho que não fazemos e não indicamos que seja feito.
O que acontece é que para que se possa dar um novo banho (cromo, níquel, etc) é necessário retirar o existente. Isso pode ser feito com produtos químicos ou com formas mais agressivas como lixamento e jato de areia.
Ambos os processos agredirão a base da peça, irão expor as partes degradadas e alterarão medidas por sua vez essenciais para o funcionamento.
Um novo banho não cobrirá as marcas de corrosão, será necessário um acabamento com lixamentos para o nivelamento da superfície, ou seja, mais desgaste.
Após esses procedimentos precisa-se dar o banho. E aqui vem um grande problema.
Numa mesma ponte podemos ter de 2 a 3 tipos de matérias primas diferentes, então são banhos feitos de forma diferentes, com especificações de camada diferentes, cada uma para o resultado ao qual foi projetado.
Quando uma empresa desenvolve um produto, ela desenvolve o acabamento de superfície desejado com as características específicas de resistência e cor junto com seu fornecedor ou com seu setor de galvanoplastia. Essas características não é de conhecimento das galvanoplastias tradicionais que trabalham com banho decorativo.
Também deve-se levar em consideração que as Galvanoplastias tradicionais não estão habituadas com peças para instrumentos, os materiais utilizados e aos detalhes que precisam ser atentados quando da execução desse trabalho.
Tenha em mente que toda a ponte precisa ser desmontada, todos os componentes tratados individualmente e que pode haver dano a algum deles, assim necessitando reparos ou trocas.
É basicamente um trabalho de ourives.
Dependendo do item, o custo ficará possivelmente mais caro que o produto novo, inviabilizando o procedimento.
Importante salientar que as empresas de galvanoplastia não se responsabilizam pelo resultado final. Caso o acabamento não fique a contento o procedimento será refeito. Aí começa um outro problema.
Porém se você está ciente dos riscos e achou um profissional que faça esse trabalho e garanta o resultado final pelo valor acordado, o que não é impossível, por que não?
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