A Corda estoura?
- Ramme Custom
- 3 de jul. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 19 de out.

A Corda estoura na ponte. O que pode ser?
Pode ser várias coisas. Antes de mais nada você deve identificar onde a corda estoura, para poder identificar o problema e solucioná-lo.
Via de regra a corda vai estourar em uma área que esteja sendo gerado estresse no material. No caso das pontes são duas áreas de contato de estresse, o carrinho e a base da ponte. Portanto, se a corda estourar em um lugar onde não haja contato o problema é a corda.
Ponte Fixa: Nos modelos de Pontes Fixas, onde as cordas transpassam o corpo, elas sofrem um estresse ao saírem da ponte em direção do carrinho. É um local onde a corda sofre alta tensão, atrito e esmagamento. Para evitar que a corda seja decepada pelo material da ponte, nossos produtos possuem um leve escareado proporcionando uma angulação de saída que diminua o esmagamento.
Ponte Tremolo: Nos nossos Tremolos a corda não entra em contato com a base da ponte, ela sai direto do bloco em direção ao carrinho. Portanto se corda encosta na base significa que a instalação da ponte não está correta.
Carrinhos: Esse é o local mais comum para a corda estourar.
Carrinhos de Inox: Devido ao material que utilizamos, que possui uma dureza superior aos de Aço, Zamac, Latão e demais ligas, o problema de afundamento da corda que ocasiona uma rebarba estourando assim a corda é praticamente eliminado. O fato de trabalharmos com material in natura, apenas polido, não há necessidade de tratamento de superfície anticorrosão como o cromo, que quando em estresse se parte, criando rebarba e um local propício para o problema. Com o nosso Carrinho em Inox Usinado esse problema não existe.
Uma outra segurança é a maneira que usinamos sulco do carrinho, que impede que haja rebarbas logo no início do processo.
Carrinhos de Latão: Naturalmente mais macios que os de inox, podem sofrer com a tensão. Esses precisam do seu cuidado como qualquer outro construído com esse material. Sempre revise e encontrando alguma marca, contate seu luthier para fazer o reparo.
Se você não encontrou nenhum desses problemas as chances são mínimas de haver algum problema com sua ponte ou carrinho. Leve então em consideração a qualidade do encordoamento, o estado de conservação e a força que você toca, pois se você tem uma palhetada forte ou faz bends grandes é necessário encontrar um encordoamento que atenda a sua forma de tocar.
Parta sempre dessa primeira verificação, pois esses são os problemas da grande maioria dos casos.
Ao mesmo tempo que a tecnologia empregada na construção de encordoamentos evoluiu muito, tornando-os muito mais resistentes e duráveis, ao ponto de, por vezes, se tornarem mais agressivas aos hardwares, nut, trastes, etc., há muito encordoamento falsificado e de baixa qualidade. Atente também a esse fator, pois pagar caro por um encordoamento não é sinônimo de originalidade e qualidade.
É muito importante testar marcas e modelos para encontrar um que se encaixe na sua pegada e forma de tocar, pois o que funciona para uns pode não funcionar para outros.
Por fim, a responsabilidade do hardware em estourar o encordoamento restringe-se ao fato de haver na área de contato da corda uma rebarba ou “fio” que propicie o corte da corda.
Importante também que mantenha o seu encordoamento sempre limpo e os troque regularmente ao menor indício de oxidação. Oxidação e ferrugem causam fraqueza na corda e danificam os componentes da ponte. Se você sofre com sudoreze, mora em região com maresia ou utiliza muito o instrumento, leve em consideração a possibilidade de usar Condicionadores de Cordas, naturalmente sempre seguindo as instruções do fabricante e evitando que esse produto entre em contato com outras partes do instrumento.
Se a sua ponte está na garantia, não tente consertos, entre em contato e nos envie para análise.







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